Brasília (AE) - Na tentativa de se fortalecer nas eleições municipais de 2012, o PSDB e o DEM decidiram adiar a curto prazo uma eventual fusão dos dois partidos. A ideia é construir o maior número de coligações possíveis entre as duas siglas para as eleições do ano que vem. Adversários ferrenhos em vários Estados, tucanos e democratas estão convictos de que é praticamente inviável fazer a fusão até setembro deste ano, prazo máximo para que o novo partido se consolide e possa lançar candidatos às eleições de 2012.
Além disso, a cúpula do PSDB e do DEM teme ainda que a união das duas legendas, neste momento, funcione como uma janela para que os insatisfeitos deixem os partidos sem correr risco de qualquer punição. Pela legislação, os políticos com mandato que trocarem de sigla por motivo de fusão podem ingressar em qualquer outro partido, sem risco de perder o mandato. “Temos que pensar bem porque a fusão abre a janela para qualquer um poder sair. Tem que ser a médio prazo”, defendeu o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
“A fusão não é uma discussão para agora. É preciso fazer um grande trabalho de coligação para a eleição municipal de 2012. Para agora não vejo vantagem nenhuma”, afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que não afasta a hipótese das duas siglas se unirem para as eleições de 2014. “O que está vigendo é o esforço para que caminhemos juntos com o DEM e também com o PPS. Não há discussão sobre fusão neste momento”, afirmou o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).
Adaptado: Tribuna do Norte
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